
Fazer parte da Escola das Nações envolve participar além do aspecto pedagógico. Nossas famílias, alunos e funcionários formam uma comunidade escolar única que ajuda a moldar cidadãos do mundo com o objetivo de tornar o mundo um lugar melhor. Trabalhamos para desenvolver as habilidades dos estudantes a fim de que contribuam com a paz, o progresso e a felicidade. O tema da campanha deste ano - “Construa um Mundo Feliz” - reflete o nosso desejo de ajudar o próximo para que tenha uma vida feliz e concretize o que almeja.
Pessoas de todas as idades desejam ser felizes. Quando perguntamos aos pais que visitam a Escola pela primeira vez a respeito das expectativas em relação à educação de seus filhos, uma das respostas mais comuns envolve ser feliz. Esse desejo nasce do amor e do cuidado. Não é, simplesmente, um sentimento intuitivo. Pesquisas demonstram que, se uma criança é feliz, (tem forte senso de bem-estar), ela aprende, faz amigos e toma iniciativas para crescer e se desenvolver mais facilmente, prosperando no ambiente escolar. A felicidade ilumina o coração e a mente das crianças.
Definir o conceito de felicidade não é simples. Como coeducadores dos filhos dos Senhores, precisamos examinar os clichês atrelados à felicidade e encontrar a força motriz e essencial que nos permite ser felizes e manter a felicidade.
O materialismo promove a noção de que a felicidade seja algo que podemos comprar e consumir. Somos levados a acreditar que o outro pode nos trazer a felicidade, assim como o Papai Noel, que dá presentes no Natal. A felicidade é normalmente comparada a prazer e a gratificações materiais efêmeras. Podemos nos sentir felizes quando tomamos sorvete, compramos uma roupa ou assistimos a uma estreia no cinema. Mas esses momentos de felicidade são curtos. Rapidamente se tornam lembranças, perdendo a característica de novidade e a intensidade. Somos, então, obrigados a buscar outro tipo de entretenimento ou distração, de fontes externas. Acabamos descobrindo (às vezes, mais de uma vez) que a felicidade duradoura não é algo que compramos ou que nos é devido por alguém. Tampouco é algo que alguém deve nos oferecer da forma como esperamos ou imaginamos. A felicidade normalmente se esquiva quando tentamos ir atrás dela. Isso acontece porque ela é um derivado de nosso caráter, de atitudes e de conduta. Não podemos apenas esperar que venha ao nosso encontro e, assim, achar que vamos recebê-la.
“...pois a felicidade humana tem sua base no comportamento espiritual” `Abdu'l-Bahá
Como coeducadores de seus filhos, precisamos explorar o que lhes traz felicidade. Devemos cultivar e incentivar o desenvolvimento de suas diversas qualidades e virtudes latentes, que vão conduzi-los ao bem-estar e à felicidade. Todo mundo tem uma luzinha interna que pode ser acesa para irradiar amor, gentileza e bondade.
“Cada criança é, potencialmente, a luz do mundo” `Abdu'l-Bahá
Quando nos esforçamos consistentemente para colocar nossos valores em prática, produzimos um estado positivo interno que chamamos de felicidade. Se uma criança tem, desde o início, um comportamento racional e espiritual pautado pela reflexão e pela ética, ela será capaz de evitar muitas das armadilhas que levam à infelicidade.
As crianças, assim como os adultos, tomam decisões e fazem escolhas que são transformadoras - tanto para o lado bom quanto para o ruim. Sendo assim, considerando os pais como torcedores por seus filhos, vejam, abaixo, algumas estratégias para promover a felicidade verdadeira deles e a felicidade no mundo.
Busquem olhar o lado positivo das pessoas e das situações.
Sejam gentis com os outros tanto em palavras quanto em ações.
Desenvolvam atitude de gratidão. A cada dia, lembrem-se de coisas que apreciam.
Sejam justos nos julgamentos; não façam fofoca.
Busquem e digam a verdade.
Procurem ser solucionadores de problemas. Analisem os problemas e os coloquem em perspectiva, em vez de ampliá-los ou culpar os outros.
Sejam dignos de confiança. Cumpram a sua palavra.
Pratiquem servir ao próximo da forma de que ele necessita.
Ajudem as pessoas a fazer e a ser o melhor que elas podem.
Façam o bem sem esperar nada em troca.
Tenham fé em uma força maior - o Deus como o conhecem - o universo em sua beleza.
Esses são alguns dos hábitos virtuosos associados à felicidade e à honra. Vamos abordar outros com os alunos. Tenham a certeza de que os nossos professores e funcionários não apenas desejam que o seu filho seja feliz, mas, também, que assumam a liderança moral necessária para construção de um mundo mais feliz.
Tenham um ótimo ano letivo!
Lisa Perskie
Diretora Executiva