Tudo sobre Avaliação: Por que não é possível avaliar meu filho da forma como fui avaliado? Mais de 60 pais participaram de um workshop sobre práticas modernas de avaliação oferecido pela consultora em educação internacional, Bambi Betts, na noite de 26 de janeiro de 2017. O título da apresentação foi “Tudo sobre Avaliação: Por que não é possível avaliar meu filho da forma como fui avaliado?”
Bambi Betts (veja biografia abaixo) apresentou os resultados de uma pesquisa científica sobre como o cérebro aprende com mais eficiência e de que forma as avaliações e as provas podem ajudar ou inibir o aprendizado. A tradição influencia bastante nossa opinião sobre o que acreditamos ser práticas de ensino rigorosas e de qualidade. Entretanto, formatos tradicionais de avaliação, como os que se baseiam principalmente na memorização, em perguntas descontextualizadas e em provas escritas apenas, estão se tornando obsoletos. Uma das razões é que essas avaliações não demonstram, ou não preveem todas as habilidades necessárias na vida real, como a capacidade de aplicar o conhecimento em determinado contexto.
Atualmente, os empregadores estão procurando por qualidades em seus funcionários que vão muito além de lembrar informações ou responder a perguntas na prova. Eles precisam de pessoas dinâmicas, capazes de colaborar umas com as outras para solucionar problemas, pessoas que tenham atitude perseverante e do tipo “posso/consigo fazer” em relação ao trabalho, pessoas que tenham iniciativa etc.
Não há uma fórmula exata sobre como os alunos aprendem melhor. Os princípios a ser considerados nas práticas de ensino e avaliação são os seguintes.
As “imagens” funcionam melhor do que as palavras como ferramenta de aprendizado. O cérebro não consegue prestar atenção a mais de uma coisa ao mesmo tempo. Portanto, é impossível fazer múltiplas tarefas e aprender diversos conceitos de uma só vez.
O cérebro não consegue armazenar diversas informações simultaneamente.
O cérebro, involuntariamente, busca uma conexão com o aprendizado anterior.
Quanto mais sentidos envolvidos, mais rápido é o aprendizado.
O cérebro aprende melhor dentro de um contexto.
O aprendizado acontece de diferentes formas de acordo com o objetivo: compreender ou adquirir habilidades.
O cérebro aprende melhor de forma dedutiva (exposição ao panorama geral primeiro e depois aos detalhes).
A ameaça de falha não amplia nem melhora o aprendizado.
Dessa forma, os alunos aprendem melhor tendo experiências significativas e fazendo conexões com o aprendizado anterior em situações contextualizadas. Os estudantes aprendem e retêm menos quando precisam memorizar muitas informações que não são relevantes para eles. As avaliações nas escolas devem simular problemas e situações autênticos e exigir que os alunos utilizem diversas habilidades para reagir a esses problemas e a essas situações.
Os pais participaram do workshop de forma ativa e com entusiasmo. Desejamos promover outros encontros que possam fortalecer nossa parceria no que diz respeito a oferecer aos alunos uma base educacional sólida e bem-estabelecida para toda a vida.
Biografia: Bambi Betts
Bambi Betts é renomada profissional da área de ensino, especializada em desenvolvimento profissional e treinamento de educadores, administradores de ensino e conselhos de escolas. Ela é Diretora dos centros internacionais Principals’ Training Center for International School Leadership (PTC) e Teacher Training Center for International Educators. Fundou dois centros de treinamento para educadores internacionais, incluindo conselheiros e líderes de escolas. Bambi participa ativamente das atividades do PTC desde sua criação, atuando como desenvolvedora de cursos, instrutora e consultora nos cursos sobre Habilidades Essenciais. Recentemente completou dez anos como CEO da Academy for International School Heads.