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Amazon Crossing


Uma expedição de autodescobrimento

Dias antes do recesso de carnaval, sete alunos da Escola das Nações saíram de Brasília para a expedição chamada Amazon Crossing. Acompanhados de três professores e orientadores, o grupo de jovens embarcou em uma viagem de sete dias ao Amazonas - uma expedição de serviço comunitário e integração social.

O projeto Amazon Crossing integra estudantes a comunidades na Amazônia para interação entre pessoas de diferentes estilos de vida e aprendizado sobre arte, cultura e hábitos de comunidades locais. Fora do alcance de celulares e da internet, os alunos interagiram com pessoas de uma parte do Brasil pouco visitada e falada - um local onde tempo e espaço são vistos de forma diferente, desconectados do ambiente digital.

“Integração é um objetivo importante do programa. Estar entre essas pessoas e poder conhecer melhor a cultura e o cotidiano delas - isso, sim, é o verdadeiro diferencial do programa.”, acredita o professor de Inglês, Joseph Rogers.

Os estudantes jogaram futebol descalços, pescaram, nadaram rio abaixo com botos e cantaram sob o luar - atividades pouco familiares para muitos, que refletem a vida pacata, bucólica e alegre de Iranduba.

Os alunos se envolveram em serviços comunitários. Ajudaram a levar sacos de areia a um posto de saúde em construção. Colaboraram nos trabalhos domésticos do dia a dia.

A estudante do Grade 10, Mariana de Queiroga Morais, disse que o último dia da expedição mexeu com os sentimentos de todos; uma experiência incrível que infelizmente acaba. “Eu já viajei pelo mundo inteiro, mas sei que vou sempre ter um pedacinho de mim aqui. Não sei quando, mas eu certamente voltarei. Meu trabalho aqui ainda não acabou.”

A comunidade de Saracá

Localizada no município de Iranduba, no estado do Amazonas, a comunidade de Saracá é remota - um pedaço de terra entre os rios Solimões e Negro. Energia elétrica chegou na região há apenas cinco anos e internet ainda não está disponível aos cidadãos de Saracá. Fora o restaurante local, Saracá não tem muito a oferecer como atração turística. É uma viagem de três horas de barco partindo do centro de Iranduba. A comunidade é visitada, na maioria das vezes, por grupos de voluntários. Cercada por água e pela floresta tropical, redes de descanso e varas de pescar fazem parte do cenário.

A comunidade leva o nome de sua fundadora, Raimunda das Chagas Ribeiro, conhecida por Saracá. A senhora de 73 anos sonhou em prover educação a crianças sem acesso a escolas. Visionária, ela abriu um centro de ensino que recebe mais de 100 crianças. Hoje Saracá é aposentada e espera, um dia, ingressar em uma faculdade.


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