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Alumni Spotlight: Paula Cruz

Atualizado: 28 de jun. de 2022

Uma entrevista com a alumna Paula Cruz

Em quais cursos de Mestrado foi aprovada? Decidiu em qual universidade vai cursar? Há previsão para começar os estudos?


Fui aprovada em dois programas: Human Development and Education Ed.M., na Harvard Graduate School of Education (HGSE), e Cognitive Science in Education M.A., no Teachers College, Columbia University. Vou cursar o mestrado em Harvard, com uma bolsa integral chamada Jorge Paulo Lemann Fellowship. No início de agosto estarei lá, mas, na verdade as aulas começam com um módulo on-line, já em 3 de junho.

Quais são as expectativas para essa nova etapa na carreira profissional?

Bom, eu espero muitos desafios, primeiramente! Vai ser difícil entrar pela primeira vez em uma área que nunca estudei formalmente, já em um nível tão rigoroso e sendo tão nova. Mas espero também muita motivação e inspiração justamente por isso - pelo desafio - e por ter oportunidade de estar ao lado de pessoas realmente dispostas a mudar o mundo. O lema da HGSE é “Learn to change the world,” e acho que isso diz muita coisa! É o que eu espero.

Em que ano você se formou na Escola das Nações? Durante quantos anos estudou aqui? Prestou vestibular para que curso? Em qual faculdade?

Eu me formei em junho de 2017. E estudei na Escola desde o Jardim 3 - que virou Grade 1 - até o Senior Year. Então, de 2005 a 2017. E me formei na graduação agora, em janeiro de 2022, em Letras, pela Universidade de Brasília (UnB).

Conte-nos um pouco da sua trajetória acadêmica.

Eu sempre gostei muito de escola. Era apaixonada principalmente pelas aulas de inglês - especialmente quando virou AP English. Elas - junto, é claro, de outros estímulos pessoais - foram a razão de eu escolher estudar Letras Inglês na graduação.


Passei no vestibular da UnB no meio do ano. Por um lado, tinha muitas vantagens em relação aos colegas de curso, por já ser fluente em inglês; mas aproveitei isso e as concessões de créditos que consegui com o diploma da Escola para explorar outros tópicos optativos: fiz vários semestres de grego antigo, algumas aulas no Departamento de Música, algumas na Faculdade de Educação, escrita criativa, astronomia, entre outros.


Fiz um semestre como “visiting student” na Columbia University, em Nova York, que transformou tudo. Vi as iniciativas do pessoal de lá e voltei com vontade de deixar um impacto no mundo e me envolver em causas sociais. E aí, de volta à UnB, me encontrei mesmo no pessoal da teoria literária. Conheci Patrícia Nakagome, uma professora que pesquisa leitura - um assunto que eu lá atrás já tinha explorado no meu projeto de AP Capstone na Escola, Reading In Brazil: A Case Study of the Relationship Between Instruction and Motivation - e entrei para o grupo de estudos dela; participei de um projeto no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), ganhei bolsa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), participamos de conferências, fizemos curso para professores de literatura da Secretaria de Educação do DF, várias coisas - pensando na relação das pessoas com a literatura, como elas leem (ou não), e o papel da escola nisso tudo.


Agora, quero continuar explorando esses assuntos, mas mais da perspectiva da ciência e da psicologia. Qual é o papel da leitura de histórias no desenvolvimento humano e como isso pode ser associado a práticas escolares?

Quais as principais lembranças da época que estudava na Escola das Nações? Do que mais sente falta?

Ah, a Escola foi quase o meu universo todo por muito tempo. Sinto falta da comunidade. De encontrar os amigos todos os dias sem precisar marcar, de pertencer - aquela coisa meio clichê que todo mundo fala! Mas, além disso, era um ambiente muito seguro e confortável para ir atrás do que a gente quisesse. Desde fundar um clube do livro até vender brigadeiro com o time de futebol feminino e passar as tardes naqueles bancos laranja fazendo uma pilharada de deveres de casa. Chegar à aula de inglês numa turma toda motivada pra falar de In Cold Blood e Julius Caesar era tudo pra mim.

Acha que o ensino que teve na Escola contribuiu para sua vida, tanto pessoal quanto acadêmica? Como acredita que Escola tenha te ajudado?


Sim, absolutamente. Minha trajetória acadêmica tem muito a ver tanto com a minha paixão pela aula de AP English, que pra mim era a prova viva de o quanto o ensino de literatura pode ser estimulante, relevante e maravilhoso, quanto com as oportunidades que a Escola me deu de desde cedo ir pesquisando e “defendendo” essa pauta - no AP Capstone principalmente, e nos clubes extracurriculares que eu pude começar também. Outra coisa legal, pro lado pessoal, é que comecei a fazer aulas de violino no After School da EdN ainda pequenininha, com 6 anos. Depois fui para a Escola de Música de Brasília, e até hoje ainda toco - e já participei, inclusive, de orquestras na UnB e na Columbia.

Algum conselho para os nossos estudantes da Grade 12 que estão prestes a se formar?


Acreditem que vocês são capazes de chegar aonde querem e de fazer qualquer coisa. Porque são! Acho que nem sempre a gente tem uma noção tão clara disso quando ainda estamos na escola. Vocês podem criar clubes do que gostam, se esses clubes ainda não existirem; desenvolver projetos de pesquisa sobre o assunto que quiserem; formar vínculos pessoais com os professores dentro e fora das aulas! Isso é incrível e mais do que suficiente pra levá-los a grandes lugares daqui pra frente. Então, acreditem. E usem todas as oportunidades que a gente tem na EdN a favor de vocês.


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