As professoras da Educação Infantil participaram de treinamento sobre a abordagem educacional Reggio Emilia nos dias 25 a 28 de julho. Reggio Emilia é a cidade italiana onde, no fim da 2ª Guerra Mundial, o programa foi implantado. Ele evoluiu com o passar dos anos e se tornou famoso como uma pedagogia holística centrada na criança. A Escola das Nações não é uma instituição que segue o modelo Reggio; porém, inspiramos em alguns aspectos dele que estão em harmonia com nossa filosofia educacional.
A EdN convidou a consultora educacional Drª Linda Henke para capacitar a equipe da Educação Infantil.
Drª Henke trabalhou como Diretora Executiva no Centro Santa Fé para Transformação de Liderança Educacional nos últimos quatro anos. Ela se aposentou em 2012 como superintendente aclamada do distrito suburbano Maplewood Richmond Heights, localizado em St. Louis, Missouri que, por anos, tem sido atormentado por problemas em muitos ambientes urbanos. Durante 12 anos, Linda orientou o distrito, que evoluiu de um espaço rotulado como um dos piores em Missouri para um dos distritos mais dinâmicos e inovadores.
Estamos no primeiro estágio dos estudos de métodos inspirados pelo Reggio Emilia. Segundo o fundador da abordagem,
“O que a criança aprende não é replicado como resultado automático do que é ensinado; é em grande parte devido à própria realização dela como consequência de suas atividades e de nossos recursos.”
Loris Malaguzzi – “As Cem Linguagens da Criança”
O workshop de Linda Henke apresentou aspectos que continuaremos estudando durante o ano. Seguem alguns deles.
A imagem da criança: Uma revisão da história, da teoria e dos princípios-chave do programa Reggio Emilia para crianças
“... As crianças precisam saber que somos seus amigos, que as apoiamos no que têm e nos seus sonhos, e que podem depender de nós para o que desejam. Elas têm o direito de imaginar. Precisamos dar-lhes pleno direito de cidadania na vida e na sociedade. É necessário que acreditemos que são inteligentes, fortes, bonitas e muito ambiciosas. Essa é a imagem da criança que devemos assegurar. Não precisamos construir a imagem de uma criança frágil, incompleta, fraca, feita de vidro. Ao invés de sempre dar proteção, precisamos dar o reconhecimento de seus direitos e de suas forças.”
O ambiente como terceiro professor: Um estudo de como os professores que seguem a abordagem Reggio adaptam os ambientes para fomentar independência, colaboração, investigação e expressão dos alunos. Os professores moldam os ambientes a fim de engajar e desenvolver o aprendizado.
Currículo emergente: Como os professores envolvem as dúvidas dos alunos e a evolução dos conhecimentos para a criação do currículo? Como o currículo é adaptado aos interesses dos alunos?
O ritmo em que as crianças aprendem e o que lhes interessa impulsionam o currículo e exigem que os professores as observem cuidadosamente para auxiliar no processo de investigação e de descoberta. Uma das ações docentes é oferecer o que a abordagem de ensino Reggio chama de provocações. São elementos ou situações na sala de aula que provocam a curiosidade e a vontade de aprender.
Os professores seguem o currículo, mas, ao mesmo tempo, permitem espaços para que as crianças explorem suas paixões. Eles dão, continuamente, tarefas para guiar o aprendizado e permitir que os alunos pratiquem habilidades essenciais. Continuam a ensinar o conteúdo adequado à idade, mas com maior ênfase em promover os aspectos inquisitivos que tragam vida ao aprendizado. Seja em grupos grandes ou pequenos, as ações refletem as escolhas dos alunos bem como as referências e os resultados do currículo.
Nós, da equipe da Educação Infantil da Escola das Nações, estamos adicionando às práticas de ensino aspectos que sempre garantam mais qualidade. Continuamos inspirados por nossas melhores práticas pedagógicas e procurando enriquecê-las.