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Escola das Nações Adere à Campanha Pinte a Mudança - Educação Não É Crime


Alunos do 9º e 10º anos da Escola das Nações estão envolvidos em um lindo projeto interdisciplinar (Artes e Educação Moral) que faz parte da campanha internacional Pinte a Mudança - Educação Não É Crime. Essa é a primeira obra de arte da campanha que foi feita em conjunto, e não individualmente. Veja vídeo do processo de criação da arte.

A campanha: A campanha Educação Não É Crime foi idealizada pelo respeitado jornalista muçulmano Maziar Bahari, que passou cinco meses na prisão de Evin, em Teerã, por seu envolvimento em causas sociais. O projeto visa destacar o caso dos jovens bahá'ís impedidos de estudar no Irã, e dos professores que são impedidos de lecionar por causa de suas crenças religiosas. Em 2014, Bahari produziu um documentário sobre a perseguição aos bahá'ís no Irã, que no Brasil levou o mesmo nome da campanha.

"Muitas pessoas estão aprendendo com os bahá'ís", afirmou Bahari no evento de lançamento do filme, em fevereiro passado. "No passado, nós iranianos éramos indiferentes ao sofrimento dos bahá'ís. Eventos e campanhas internacionais são instrumentais não apenas para chamar atenção para o sofrimento dos bahá'ís ao longo de tantas décadas no Irã, mas também para promover mudanças positivas", declarou o cineasta.

O capítulo Pinte a Mudança utiliza a arte urbana como canal para expressar a preocupação global acerca da negativa de acesso dos jovens bahá'ís à educação no Irã. Os primeiros murais foram pintados no início em setembro em Nova York por artistas de diversas partes do mundo, em preparação para a Assembleia Geral da ONU, que votará um novo projeto de resolução sobre a situação dos direitos humanos no Irã. O painel disposto na entrada da escola foi preparado pelos alunos do 9º e 10º anos da Escola das Nações como contribuição para o projeto.

A campanha tem o apoio de grandes figuras mundiais, incluindo o Arcebispo Desmond Tutu e a advogada Shirin Ebadi, agraciados com o Prêmio Nobel da Paz, assim como atores de Hollywood como Mark Ruffalo e Rainn Wilson.

O evento: No dia 6 de novembro, a cúpula externa do Museu da República vai receber uma mega projeção de imagens como parte da campanha no Brasil. Os trabalhos foram selecionados entre produções de artistas locais e de imagens afetas ao tema do direito à educação, sob curadoria dos renomados artistas plásticos Siron Franco e Bené Fonteles. A projeção terá início às 19h, e contará com a participação dos artista que aderiram à campanha, além das atrações musicais DJ Ops (Sistema Criolina) e Vavá Afiouni Trio.

Depoimento: A iraniana Hasti Khoshnam, de 35 anos, mora no Brasil desde 2002 e é professora de inglês na Escola das Nações. Assim como milhares de jovens, Hasti foi impedida de cursar a universidade em seu país pelo fato de ser bahá'í. No país, o candidato é obrigado a informar sua religião no campo de inscrição para o vestibular. Hasti preencheu o formulário para fazer a prova, mas quando recebeu a carta de confirmação, percebeu que sua religião tinha sido alterada para muçulmana"Ao retornar à faculdade e mostrar que minha ficha tinha vindo com erro, rapidamente pegaram minha carta de volta e nunca mais tive a oportunidade de fazer a prova", contou Hasti.

A jovem passou então por uma rigorosa seleção e fez seu curso de Letras Inglês no Instituto Bahá'í de Ensino Superior (BIHE), uma iniciativa informal de professores bahá'ís que, impedidos de lecionar no sistema oficial, oferecem aulas de nível superior para os jovens barrados das universidades. O diploma do BIHE não é reconhecido no Irã, mas é validado por diversas universidades renomadas em países como Canadá, Austrália, Alemanha e Índia.

Os Bahá'ís: Os bahá'ís são a maior minoria religiosa do Irã. Por serem uma religião não reconhecida pelo Estado, eles sofrem diversas formas de violações de direitos humanos. Mais de 200 bahá'ís foram executados entre 1979 e 1987, após a Revolução Islâmica, e mais de 100 bahá'ís encontram-se atualmente presos por causa de sua fé. Além disso, eles são proibidos de ensinar e estudar nas universidades iranianas.

No Brasil, a comunidade bahá'í é composta por mais de 70 mil indivíduos. Os bahá'ís são reconhecidos nacional e internacionalmente por suas iniciativas voltadas para a promoção da unidade da humanidade, com destaque para ações no âmbito da educação não-formal - realizadas em mais de 1300 comunidades locais em todos os estados brasileiros - e formal, como é o caso da Escola das Nações e de outras escolas de inspiração bahá'í.

Para mais informações acesse:

educationisnotacrime.me | paintthechange.me | bahai.org.br

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